No meio do marketing não se fala de outra coisa a não ser “gestão da marca”, pois quanto mais a empresa conseguir se comunicar e construir conexões com seu público, mais vendas e retorno ela terá. Falar isso em teoria é bem mais simples do que aplicar, e é por isso que existe alguns planejamentos que ajudam empresas de todos os portes a saberem se apresentar ao mercado. 

A gestão da marca corresponde ao “branding”, que é composto por todas as ações de comunicação de uma marca. Isso significa que é definido uma identidade visual, construção do posicionamento no mercado, como se expressa através das redes sociais e com conteúdos mais longos, assim como nas ações de gestão de crises, em casos de emergência. 

Realizar as vendas e possuir um ciclo saudável de lucratividade é sim muito importante para qualquer negócio, mas chega um momento que os diferenciais de mercado vão começar a ser prioridade na opinião do público. O que antigamente os diferenciais eram uma tecnologia nova, um design inovador, hoje os consumidores se conectam mais com a marca, o que ela diz, o que ela acredita, entre outras posições no mundo. 

De acordo com a pesquisa “Global Consumer Pulse” da Accenture Strategy, 83% dos consumidores brasileiros preferem comprar de empresas que defendem propósitos alinhados aos seus valores de vida. A pesquisa foi publicada em março de 2019. 

Através da pesquisa é possível perceber que os consumidores atualmente dispensam as marcas que não se posicionam, que querem sempre se manter neutras. O estudo conversou com 30 mil consumidores ao redor do mundo, 1.564 de brasileiros, mostrando que o público tem mais chance de consumir produtos e serviços de empresas que demonstram comprometimentos com causas e seu propósito. 

No mesmo estudo, 87% dos brasileiros confirmaram que desejam que as empresas sejam mais transparentes, mostrando as condições de trabalho de seus funcionários, a origem dos produtos e mesmo ensaios de qualidade ou testes em animais. 

Isso significa que as atividades de gestão de marca vão muito além do que a criação de uma identidade visual e estrutura de vendas. É através do marketing que é possível construir o DNA da marca, definindo os objetivos, visões, metas e princípios. A união de todos esses passos definem o branding.


O que o Marketing Digital tem a ver com branding?

O branding surgiu antes mesmo do marketing digital, e teve sua popularização com o surgimento do rádio e da TV. Porém, a comunicação realizada da marca para o consumidor era realizada de forma passiva, ou seja, o público apenas recebia a mensagem e não podia interagir muito bem com ela. 

Mesmo com a existência de envio de cartas e ligações que poderiam ser feitas, ainda assim o feedback não era nada imediato, impedindo uma mensuração mais assertiva. Com o advento da Internet essa comunicação mudou drasticamente. Os consumidores saíram da zona passiva e se tornaram ativos, opinando e compartilhando ideias uns com os outros e sobre qualquer assunto. 

Nesse cenário atual, o branding está em constante mutação, pois as ações e respostas do público não são homogêneas e nem passivas. A inconstância é verdadeira, não para o lado ruim, pelo contrário, a imprevisibilidade faz parte do ser humano e de uma sociedade, e é por isso que uma marca precisa estar sempre atenta e ativa no que se refere à gestão da marca. 

Como os consumidores querem cada mais ter conexões com as marcas que se identificam, através da internet o branding age para despertar sensações e proximidade com o público da marca. Ações virais, estrutura cultural, consciência social e ambiental são alguns caminhos para criar as conexões conscientes e inconscientes, que no fim determinam a escolha do cliente no momento de compra. 

Hoje existe um ambiente virtual acessível ao mundo todo, sendo o principal meio para a marca se expressar e se posicionar com diferentes temas da sociedade, do país que se insere e do mundo. Um site já não é mais uma “inovação tecnológica”, é um espaço em que a empresa deve se dirigir ao público, atendê-lo e respeitá-lo. 

Além de um site, há a criação dos perfis nas mídias sociais, a criação de um blog, de vídeos e podcasts. As possibilidades na Internet expandiram o branding como nunca. Por isso separamos alguns tópicos principais que toda empresa deve se preocupar na hora de montar um planejamento de branding. 


1. Identidade visual

Toda empresa nasceu de alguma ideia. Essa ideia precisa ser passada para o papel, representando a sua marca através de uma logotipo, estilos de imagens, fontes, paleta de cores etc. Essas definições são os primeiros passos para criar uma identidade visual para sua empresa. 

É recomendado que essa identidade visual seja criada para que seu público possa lhe reconhecer apenas por uma figura, não apenas pelo nome da sua empresa. Esses alinhamentos, quanto mais precisos forem, mais rápida será a associação na mente do seu público. 

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Todos esses movimentos representam a empresa de alguma forma, e isso ajuda a construir uma personalidade da marca, mesmo que isso gere uma sensação inconsciente no consumidor. Por isso, pense nessas etapas com cuidado e carinho.


2. Propósito da marca

Esse tópico está relacionado com diferentes áreas da sua empresa, e muitas atividades devem ser realizadas com frequência. Uma das principais ações aqui está relacionada à personalidade da empresa, criando uma cultura mais sólida e uniforme internamente. 

A próxima etapa é expressar essa cultura fora da empresa, para o público, garantindo assim a criação de um “tom de voz” a ser utilizado na TV, na rádio, em entrevistas, e diretamente para o público, em seu site e nas mídias sociais. 

Também é importante que se faça uma análise dos canais que mais fazem sentido para a empresa. Hoje há diferentes mídias sociais e possibilidades com a Internet, e é válido ver quais que mais se encaixam com o ramo que você trabalha. 

O YouTube, por exemplo, é uma das plataformas mais acessadas no mundo inteiro, mas sua empresa tem capacidade e verba para criar conteúdo em vídeo? São essas algumas das perguntas que você deve fazer. Mas, lembre-se, produzir conteúdos relevantes sobre a marca traz resultados a médio e longo prazo. 

O conteúdo é mais uma etapa que deve ser estrategicamente pensada, tanto para o marketing outbound, quanto inbound. Todos os conteúdos criados online podem ser acompanhados em números, com dados de acesso e nível da resposta do público, isso significa que além da qualidade, a performance também é importante. Tudo o que tange à construção de uma marca no ambiente externo pode e deve ser aferido em números.

Além de artigos em blogs, os conteúdos podem ser criados nas redes sociais. Nessas plataformas online as marcas conseguem divulgar suas histórias, mostrar seus produtos e até propor opções de consumo.

Há outras estratégias muito válidas, como a criação de um aplicativo que melhore a experiência do usuário com relação seu produto ou serviço, e as parcerias. Pesquise no seu setor e faça contato com influenciadores para ter uma boa relação, pois são seguidores de suas redes sociais que possui acesso direto ao seu consumidor.


3. Funcionalidades que atendem seu público

A experiência do usuário (UX) atualmente é a área do marketing digital que todos os setores de uma empresa deve se importar. Ele possibilita que o usuário que ainda não é um comprador, se sinta totalmente à vontade ao utilizar seu site e se informar sobre sua marca, se tornando um potencial comprador. 

E ao mesmo tempo em que facilita para que novos compradores cheguem, também melhora o relacionamento com o cliente que já comprou. O UX está relacionado com as áreas de programação, com criação de funcionalidades técnicas que facilitam a navegabilidade em seu site, por exemplo. Além disso, o UX design também está atrelado a como o usuário se comporta com seu layout e as cores utilizadas.

As funcionalidades podem ser simples, como uma CTA (Call to Action), e formulários mais específicos que ajudem o usuário a preencher para receber algum material. E há também as funcionalidades mais complexas, como o SAC 2.0, desenvolvido especialmente para o atendimento ao cliente. 

O SAC 2.0 faz uso das mídias sociais e de seu próprio site, para realizar o atendimento ao cliente. A utilização dos canais digitais é cada vez mais uma realidade, e para isso ser feito de forma dinâmica e funcional, a tecnologia dos códigos ajudou nessa etapa. 

Esse serviço de suporte conta com a criação de chatbox inteligentes, que podem responder dúvidas mais frequentes, além de facilitar o atendimento aos consumidores através de conversas em chats das redes sociais e no site. Caso as soluções não seja atendidas automaticamente, uma pessoa poderá entrar no circuito e atender de forma rápida e eficaz. As principais empresas atualmente possuem algum tipo de atendimento online via chats, portanto é uma funcionalidade importante e que mostra a preocupação com o público.

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